2006-10-26

"CARMINA BURANA" apresentada com brilho

O Orfeão de Vila Praia de Âncora, a convite do maestro titular da Orquestra do Norte, José Ferreira lobo, apresentou, no passado dia 20 de Outubro, com aquela orquestra e um pequeno coro de 12 cantores, a conhecida cantata cénica CARMINA BURANA, da autoria do compositor alemão Carl Orff.

Já no ano de 2004, esta cantata foi apresentada pelos mesmos elementos, juntamente com o Coro do Liceo de Vilagarcia de Arosa (Espanha), nas cidades de Braga e Mirandela.
Desta vez, e já sem o coro espanhol, a cantata foi apresentada no auditório do Instituto Superior de Engenharia do Porto, com uma capacidade para cerca de 350 espectadores, estando completamente cheio.
Do elenco faziam ainda parte, como solistas, a soprano Elvira Ferreira, o tenor Carlos Guilherme e o barítono José Corvelo.

Com a duração de cerca de uma hora, a cantata Carmina Burana foi composta por Carl Orff cerca do ano de 1935, sobre textos medievais, sendo cantada frequentemente em todos os grandes teatro musicais do mundo.
De grande dificuldade, esta cantata foi uma aposta no Orfeão de Vila Praia de Âncora o qual, no dizer do maestro Ferreira Lobo, correspondeu plenamente às suas expectativas.
Por outro lado, a aposta da Orquestra do Norte em parcerias com coros amadores tem resultado plenamente satisfatória, com resultados brilhantes, levando corais que normalmente não têm acesso à música coral-sinfónica (dada a necessidade de uma orquestra sinfónica), a apresentarem peças de grande envergadura do repertório clássico.
Trata-se de um projecto a ter continuação pois, conforme nos confidenciou Ferreira Lobo, está em preparação um projecto de corais de óperas de Giuseppe Verdi para serem apresentados pela Orquestra do Norte em parceria com o Orfeão de Vila Praia de Âncora, nomeadamente coros das óperas Nabuco, Rigoleto, O Trovador, Aida, etc.
A participação do Orfeão nesta cantata implicou um grande esforço de todos os coralistas que, ao longo do último mês, não se pouparam a esforços nos ensaios para conseguirem levar a bom porto este desafio.
E conseguiram-no de uma forma brilhante, já que no final do concerto, a assistência, como que impulsionada por uma mola, levantou-se, aplaudindo de pé todos os intervenientes, sendo os maestros responsáveis e os solistas, obrigados a regressar ao palco por várias vezes para agradecer os aplausos.
Foi, sem dúvida, uma grande jornada para o Orfeão de Vila de Âncora que tão cedo não será esquecida por todos os participantes.
E porque se aproximam outros desafios, como é o caso dos coros de Verdi, convidamos as pessoas que gostem de música a aparecerem nos ensaios do Orfeão, na Escola do Viso, às terças e sextas-feiras, pelas 21,30 horas para poderem fazer parte deste novo e aliciante projecto, pois trata-se de um conjunto de pequenas peças que, na sua grande maioria, exigem um coro com muitas vozes; e quanto maior for o nosso Orfeão, menos vozes de outros corais serão necessárias.

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